Em 2014, a Colômbia foi um dos cinco países com maior crescimento do PIB em todo o mundo. Por esse motivo, Tatiana afirma que as empresas portuguesas devem encarar com toda a atenção as inúmeras vantagens comerciais que o país oferece. As vantagens são amplas, tanto territorial como sectorialmente.
Veja o artigo em PDF.
Colômbia, um país por descobrir
Colômbia, território sul-americano, banhado por dois oceanos e conhecido pelo clima tropical, suas frutas exóticas e bonitas mulheres, é muito mais do que isso. Transformou-se, na última década, numa das maiores potências latino-americanas. As razões são várias: uma aposta clara na internacionalização, tecido industrial empreendedor e, sobretudo, o trabalho desenvolvido pelo Governo na melhoria das relações comerciais através de tratados de livre comércio, reformas tributárias e investimento estrangeiro.
É neste contexto que a Colômbia abraça a globalização gerando, um pouco por todo o lado, grandes expectativas face às oportunidades do mercado. Trata-se apenas do país mais emergente da região, cujo PIB, em 2014, foi um dos cinco com maior crescimento em todo o mundo.
São diversos os factores que impulsionaram o desenvolvimento do país e a melhoraria das relações com outros mercados, principalmente com os EUA e a União Europeia. A assinatura de tratados de livre comércio fomentou as exportações de produtos tais como, frutas, combustíveis fósseis, esmeraldas, têxteis e flores. Segundo a Procolombia, um claro exemplo deste avanço é o aumento das exportações de fruta – grande parte exótica – para a UE. A venda de frutas como a uva, gulupa, granadilha (duas variedades de maracujá) e abacate, aumentou cerca de 18% em 2014. Esta prosperidade económica deve-se, em primeira linha, ao bom desempenho dos empresários na procura pela melhoria intrínseca dos seus produtos, aposta na diversificação, comércio justo e certificação.
As empresas portuguesas devem encarar com toda a atenção as inúmeras vantagens comerciais que o país oferece. As oportunidades são amplas, tanto territorial como sectorialmente: bens de equipamento, materiais de construção, tecnologias de informação, saúde, componentes para automóvel, alimentação e bebidas, moda e calçado, turismo e hotelaria, só para nomear alguns.
Tendo em conta a pulverização dos agentes que ainda caracteriza o tecido empresarial colombiano, a dimensão das oportunidades está ao alcance das empresas portuguesas de média e grande dimensão.
Sentirá, por outro lado, como em poucos outros países, uma empatia quase instantânea com os colombianos. Sentir-se-á em casa. Compreenda, porém, que o empresário português não foi o primeiro a descobrir o mercado, pelo que deverá estudar a concorrência com a mesma cautela com que o faz em qualquer outro mercado que (ainda) não conhece.
Tatiana Fernández Franco – Consultora Market Access Colômbia