Magrebe: oportunidades distintas para o sector agroalimentar

Embora os países da região do Magrebe sejam muitas vezes considerados como um só, cada um dos mercados – Marrocos, Tunísia e Argélia – tem as suas especificidades socioeconómicas que os torna únicos. Este facto também não é exceção no que diz respeito ao setor agroalimentar, uma vez que cada um apresenta necessidades e uma procura internacional diferente. No entanto, este setor é uma importante força económica nos mercados, com capacidade de geração de emprego. As políticas governamentais praticadas nesta região encorajam o desenvolvimento do setor agroalimentar, através dos subsídios atribuídos e da política fiscal (impostos diretos e indiretos) e, assim, a melhoria na produtividade e nas infraestruturas do setor é notória.

Estas são as conclusões que advêm do Estudo de Mercado Magrebe, promovido pela PortugalFoods e desenvolvido pela Market Access. Este estudo inclui uma caracterização macroeconómica do mercado, do sector agroalimentar, das principais relações comerciais destes países e uma caracterização dos seus consumidores e tendências de consumo.

Marrocos

O mercado marroquino apresenta uma vantagem substancial pela sua posição geográfica estratégica em relação à Europa e a sua tradição de boas relações comerciais com países europeus como França e Espanha. O seu PIB tem apresentado um crescimento considerável (305%) nas últimas duas décadas. As principais forças de produção a nível agroalimentar são as frutas e legumes, peixe enlatado, azeite e óleo de argão e, ainda, citrinos. Caracterizado pela sua capacidade de inovação e forte necessidade de investimentos, o potencial da indústria alimentar está ainda longe de ser plenamente explorado.

Argélia

A Argélia destaca-se principalmente por ser uma economia fortemente dependente da indústria petrolífera, ainda que o Governo esteja a implementar medidas de apoio a outras indústrias. Atualmente, verifica-se um crescente aumento do peso do setor primário e secundário no PIB. As relações com países europeus são favoráveis, sendo que Itália, França e Espanha fazem parte da lista dos principais parceiros comerciais. O setor agroalimentar apresenta um peso de 13% no PIB e emprega sensivelmente 23% da população ativa. As suas culturas de destaque são o trigo, cevada, aveia, citrinos, uvas, azeitonas, tabaco e tâmaras. Todavia, a produção agroalimentar no país não consegue suprir as necessidades populacionais e o modelo de consumo não se encontra ajustado ao potencial existente no setor agrícola.

Tunísia

O mercado da Tunísia é, também, muito dependente da indústria petrolífera. No entanto, a sua atividade industrial é diversificada, destacando-se igualmente o turismo, os têxteis, construção e indústria automóvel. O setor agroalimentar representa cerca de 9% do PIB e conta com 15% da população ativa. Ainda dentro deste setor, apresenta um forte potencial de produção de tâmaras, azeite, citrinos, frutas, legumes e leite. O setor das pescas é também bastante importante e constitui o principal exportador mundial de azeite e o segundo maior produtor de produtos biológicos no mercado africano. No que diz respeito à procura do mercado português de produtos agroalimentares, os peixes e crustáceos representam a grande maioria das compras, seguindo-se os laticínios.

Poderá consultar a versão integral do estudo na plataforma Radar de Mercados da PortugalFoods. A plataforma disponibiliza uma ferramenta interativa que identifica mercados de exportação prioritários para a sua empresa.

Com consultores locais especializados, a Market Access poderá reforçar as exportações de empresas do sector agroalimentar para os mercados do Magrebe – Marrocos, Tunísia e Argélia -, quer através do desenvolvimento de estudos estratégicos, prospeção de clientes no mercado, promoção de parcerias, visitas comerciais, entre outros.

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